quinta-feira, 31 de julho de 2014

Ligo ou não ligo?

Essa dúvida do título foi a pergunta que um amigo me fez outro dia, ao me contar a seguinte situação: ele havia conhecido um executivo de uma empresa que sempre admirou e na qual sempre quis trabalhar e trocou cartões de visita com o sujeito. E, como vem há muito tempo num processo de insatisfação com a empresa onde está, tem vontade de ligar para esse executivo e procurar saber sobre oportunidades na empresa. Mas sem parecer intrometido ou inconveniente. E quis saber de mim como fazer isso.

O que eu disse para ele foi o seguinte: procurar emprego é como estar na vitrine, querendo que alguém “te compre”. Trabalhar em uma empresa é estar quieto, mantendo a discrição. Como, então, juntar as duas coisas? É preciso levar uma série de coisas em consideração. Qual é o motivo de sua insatisfação no emprego atual? O que lhe levou a este ponto de querer uma ruptura? Antes de mais nada, você deve saber responder a essas perguntas de forma honesta, além de reunir fatos e dados sobre suas realizações. O que você estaria buscando nessa empresa, afinal? Novos desafios, algo que lhe permita usar seu talento de forma mais ampla e abrangente ou apenas uma promoção de status e salário? O que leva a outra pergunta: você já chegou aonde poderia no atual trabalho? É uma pergunta que leva a uma série de outras perguntas, como vocês viram, mas não se pode responder à primeira sem pensar muito bem nas respostas às outras. E sem levar algumas coisas em consideração: é fato que toda empresa deseja manter seus talentos e bons colaboradores, claro. Mas a forma de fazer isso nem sempre é a correta. Alguns gestores fazem isso prometendo aumentos, promoções, mudanças de status e outras coisas do gênero que caem na fórmula de gente que promete “mundos e fundos” e não tem intenção de cumprir com nenhum dos dois, ficam apenas prometendo eternamente, enquanto o colaborador se ilude e fica esperando por algo que nunca vai acontecer. Cabe a você saber o seguinte: em seu período na atual empresa você buscou se desenvolver, participou de programas de educação continuada, se inscreveu nos processos seletivos internos? E seus resultados, foram acima do esperado? Se você respondeu honestamente a todas essas perguntas e continua achando que seu caminho é outra oportunidade, aí sim, pode ser a hora de procurar ser visto no mercado, voltar à vitrine. E se você tem um contato que pode ajudá-lo, por que não usá-lo? Use sim, mas com muito jeito e elegância. Um bom jeito seria convidá-lo para um café e mostrar seu interesse pelo negócio (obviamente, depois de reunir todas as informações possíveis a respeito). Procure saber mais sobre a carreira do executivo e conhecidos em comum, que podem ajudá-lo a construir uma ponte durante o encontro. Não deixe de mostrar interesse em aprender mais sobre a empresa. Também pode ser interessante convidá-lo para sua rede no LinkedIn e/ou outras redes, onde você poderá compartilhar informações e notícias sobre o segmento que possam ser de interesse e que possam construir algum tipo de relacionamento antes de mandar um currículo. Lembre-se do que eu disse sobre networking e sua importância para os profissionais. E, principalmente, lembre-se que o mercado é dinâmico e que as empresas estão sempre procurando pelos bons profissionais, aqueles que querem algo mais em suas carreiras e que também podem oferecer mais do que o esperado 

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Administrando o próprio tempo

Como vocês perceberam pelo último post, tem um monte de coisas acontecendo na minha vida ao mesmo tempo. E confesso que está sendo um bocado difícil conciliar tudo o que eu tenho que fazer para conseguir dar conta de tudo no final do dia. Para começo de conversa, tem o trabalho novo (que não é mais tão novo assim, já completei o segundo mês na Laborare), que sempre demanda mais atenção e deixa a gente um pouco mais tenso no início, já que não estamos familiarizados com as pessoas, os processos, o jeito de ser da empresa, essas coisas que depois acabam se tornando corriqueiras, mas que são sempre difíceis quando estamos “pegando o jeito”. E, ao lado disso tudo, tem a sua vida pessoal, que não para e não dá um tempo só porque você está se adaptando a um emprego novo. Então, além de todas as questões referentes ao lado profissional, ainda tenho que arranjar tempo para administrar minha casa, para me cuidar, para praticar uma atividade física, para ter vida social e para pesquisar, ler e me atualizar sobre o mercado de trabalho. Só digo uma coisa a vocês: não é fácil, não.

E foi com todas essas coisas em mente que eu me lembrei de uma coisa interessante para compartilhar com vocês: dicas para administrar seu próprio tempo e fazer com que ele renda mais. Não tem muito segredo, não. Já que não temos como fazer o dia ter mais horas, precisamos nos adaptar às 24 horas que temos. E, se planejarmos direitinho as coisas, acabamos descobrindo que temos mais tempo do que imaginávamos, só que não sabemos administrá-lo. Eu separei algumas dicas muito legais que me ajudaram bastante a planejar meu tempo e sair do sufoco. Dicas que podem ajudar você também. Veja só:

1. E-mail

E-mails estão sempre chegando e não há como controlar esse processo. O que pode ser controlado é o tempo que você gasta com isso. Se você for parar o que está fazendo a cada vez que o aviso de nova mensagem aparecer, você irá perder tempo. Separe alguns momentos diários (3, no máximo) em que você irá ler e responder seus e-mails e mensagens online. No final do dia, isso vai fazer muita diferença.



2. Leituras

Leitura é importante e necessário para o trabalho, mas também tem que ser administrada. Estabeleça um limite de 10 minutos diários para isso e reúna os artigos que podem ser conferidos em seu tempo livre. Isso também fará com que você ganhe tempo no final do dia.



3. Telefone

Um dos grandes vilões de quem não sabe administrar o tempo, o telefone pode fazer com que você perca muito tempo em ligações que nem têm tanta importância assim. Comece seu dia com uma lista das ligações que você precisa fazer, incluindo as pessoas, assuntos e objetivos de cada conversa. Feita a lista, reserve uma parte do seu tempo para fazer todas as ligações de uma vez.



4. Tarefas

Tarefas que precisam ser entregues dentro de um prazo limite devem ser feitas de uma única vez. Isso pode demorar um pouco mais, mas irá evitar que fiquemos adiando as coisas e permitirá ter mais controle sobre as atividades.



5. Trabalhos no computador

Se você depende do computador para realizar seu trabalho ou parte dele, separe um tempo para que você possa se concentrar completamente na conclusão dessas tarefas.



6. Revistas e jornais

Informação é importante, mas não pode ocupar o espaço das tarefas profissionais. Separe os jornais e revistas que você lê para atualizar suas leituras em um único dia.



7. Tarefas externas

Deixe tudo o que precisa ser resolvido fora do ambiente de trabalho (correio, banco, supermercado, etc.) para um único dia, em uma única saída. Além de pegar menos trânsito, você ainda economiza gasolina.



8. Refeições

Quem costuma cozinhar a própria comida deve aproveitar o fim de semana para preparar tudo de uma vez e armazenar em pequenas porções para consumir durante a semana.



9. Planejamento

Quem se planeja, sofre menos de estresse. Aproveite o início da semana para planejar e organizar todas as tarefas que tem a fazer e respeite esse planejamento.



10. Descanso

Cada pessoa possui hábitos e necessidades diferentes de descanso. Conheça os seus e respeite-os, repousando o tempo necessário para obter um máximo rendimento.



11. Contatos sociais

Se o seu trabalho não envolve redes sociais, deixe para acessá-las em casa. No trabalho, elas são uma distração que prejudica seu rendimento e abre espaço para a procrastinação.



O que acharam? Aposto que você se identificou com diversas dessas situações, não é mesmo? O que eu posso garantir é que essa história de administrar seu próprio tempo funciona mesmo. Uma vez que se torna uma rotina, você começa a perceber quanto tempo perdia com tarefas menos importantes e quanto tempo pode sobrar no final do dia para você poder fazer o que quiser, uma vez que já deu conta de todas as tarefas do dia. Experimente. E, principalmente, crie o seu próprio sistema, adaptado às suas necessidades e à sua rotina. Você vai ver a diferença que isso faz.

Por hoje é só, gente, porque o tempo que eu destinei para atualizar o blog está no fim e eu tenho que seguir meu planejamento diário. Ah, e eu não esqueci das novidades prometidas para o blog, não, viu? Aguardem só mais um pouquinho. Até a próxima postagem.
                

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Voltei!


Gente, tenho tanta novidade pra contar que nem sei direito por onde começar. Vou usar a lógica, então, e começar pelo começo: primeiro, avisar que eu não sumi, não morri e nem abandonei o blog. Quer dizer, não desisti dele, mas não posso negar que deixei ele um pouco de lado sim (estou sendo delicada, a última postagem foi em agosto do ano passado... rs), mas foi por um bom motivo. Aliás, um excelente motivo: Tina Desempregada não está mais desempregada! Uau, vivas, palmas, obas e tudo o que euzinha tenho direito! E quero contar essa história direitinho pra vocês.
Quem me deu a dica foi uma amiga do curso de Marketing que eu fiz (aliás, terminei o curso, viu? E recomendo muito!). Lembram quando eu falava da importância do Network? Pois foi justamente no curso que eu conheci essa amiga. E foi ela quem me indicou uma empresa que estava recrutando gente. Pois bem, juntei minhas forças, me arrumei direitinho e mentalizei positivo. Enquanto me maquiava para a entrevista, ficava falando com a Tina refletida no espelho: “você é boa, você é super competente, essa vaga já é sua”. E lá fui eu pra minha entrevista. O processo seletivo foi coordenado por uma empresa chamada Laborare, que eu já conhecia, cheguei a fazer um trabalho para um cliente deles. E qual não foi minha surpresa quando a minha entrevistadora perguntou se eu era a mesma Tina do blog! Estou ficando famosa... A entrevista foi ótima, ela gostou do meu currículo e falou que as coisas que eu postava nesse humilde bloguinho demonstravam que eu era a pessoa que eles estavam procurando. Aí fui para as avaliações: fiz avaliação psicológica e teste de aptidão para o cargo, daí foi só esperar. O nervosismo era grande, mas alguma coisa lá no fundo me dizia que tinha dado tudo certo. E então, um belo dia, recebo um telefonema dizendo que eu tinha sido aprovada. E lá fui eu para o exame de saúde. Depois de ter sido aprovada em todas as etapas desse processo, finalmente eu pude começar de novo.
Ah, sim, esqueci de contar que o trabalho era na própria Laborare, a empresa que fez minhas avaliações. Bem que eu tinha achado estranho que eles não dissessem o nome da empresa que estava contratando, mas isso (me contaram depois) faz parte do processo. E logo no meu primeiro dia, minha gestora (tenho que me lembrar sempre que agora não tenho mais chefe, tenho gestora, rs) me chama e me dá uma notícia que me deixou pra lá de contente. Imaginem vocês que ela me pediu para continuar com o meu blog, dando dicas de como conseguir um emprego e babados desse tipo. Melhor ainda: que eu ia poder continuar o blog como parte do meu trabalho. Era tanta felicidade que eu não sabia se ria ou se chorava de alegria. Só não falei nada porque fiquei sem palavras na hora. E vocês, que me leem aqui, sabem que eu ficar sem palavras é difícil...
Bom essas eram algumas das notícias, pelo menos as mais importantes. Aí vocês, meus leitores queridos, me perguntam: mas Tina, se era pra você continuar com o blog, porque ele está parado há quase um ano? E aí vem mais uma notícia: este blog, por conta disso tudo, está de mudança. Em breve você vão ficar sabendo dos detalhes. E a Tina que vocês amam (pretensiosa, não? rs) vai estar no novo endereço, com novas postagens, novas dicas e novas sugestões pra quem está correndo atrás de um trampo. E você também vai poder falar comigo por e-mail, mandando as suas dúvidas e sugestões. Mas por enquanto, passei aqui só pra dar um alô, contar as novidades e dizer a todos que continuo viva.

É isso, gente. Estou de volta. E quero vocês comigo nessa nova etapa da minha vida. Eu já consegui o meu emprego. E quero ajudar você a conseguir o seu com o novo blog da Tina. Aguardem.   

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

10 perguntas profundas, 100 respostas vazias...



Quando fiquei desempregada há mais de 05 meses, fiquei arrasada. Depois para preencher o tempo e não deprimir comecei a prestar atenção (até para ver se realmente funcionavam) em todas as dicas que as consultorias de Recursos Humanos davam para a recolocação profissional que aqui vou chamar de “RF” que é para evitar ficar repetindo esta expressão o tempo todo (ninguém merece)... Logo no primeiro mês, peguei o seguro desemprego e para não correr o risco de gastar, decidi fazer um curso de marketing. Sempre quis fazer um curso de marketing!!! Antes, até tinha dinheiro, mas não tinha tempo! Eis agora que o oposto acontece! Mas, não desanimei. Me ocorreu  que entender de marketing podia ajudar a me dar bem numa entrevista, aprender a valorizar minhas potencialidades, meu pontos fortes.  Além do mais, uma das dicas de “RF” que é consenso é buscar formas de se relacionar com pessoas que possam te indicar oportunidades de emprego, é o famoso network. E não se faz network em casa... Então tomei coragem de gastar o seguro desemprego e me matriculei no curso da melhor instituição que me indicaram. Mas, antes praticamente tracei um plano de networking cujo objetivo era a “RF”! Fiz questão de fazer um curso noturno e que não fosse diário, porque quem está empregado só faz curso noturno e prefere que não seja diário. Esta minha idéia acabou se confirmando. Com exceção de mim e mais 03 gatos pingados, todos os outros alunos estavam empregados. Mas, nem tudo saiu como o planejado. Sim, o curso me acrescentou muito e me encantei loucamente por marketing. Mas, o que fugiu ao meu planejamento foi o perfil da turma... Grande parte era empresários de pequenas empresas, a outra grande parte era empregado de pequenas empresas... E percebi bem rápido que pequenas empresas são geralmente familiares e têm este nome porque empregam pessoas da família... Apenas 03 ou 04 colegas trabalhavam em organizações maiores. Como agora tenho tempo livre de sobra, pude me dedicar, pesquisar e meu comportamento acabou chamando atenção do professor que vinha de outro estado dar aula pra gente (logo, também não ia me conseguir um emprego). Mas, o fato é que me empolguei tanto com mkt (esta é a sigla de marketing) que decidi continuar, mesmo que o plano de usar o curso como trampolim para um emprego tivesse ido por água abaixo. Acabei compreendendo mais do que a diferença entre produtos e serviços e seus respectivos consumidores, conheci algumas pessoas e suas experiências, incríveis experiências, por sinal. Histórias de vida que valeram todo o investimento. Muitas delas tinham ficado desempregadas (e desesperadas) como eu e conseguiram recomeçar. A maioria das pessoas decidiu abrir seu próprio negócio, com exceção do professor que também era um “ex-desempregado”. E meus novos colegas me pareceram felizes, bem remunerados, pareciam ter se encontrado, coisa que ainda não tinha acontecido comigo. Afinal, formei em administração, mas nunca gostei verdadeiramente do lado burocrático da administração, no qual sempre atuei (controle de estoques, licitação, contratos). Algumas pessoas como Léo e Karina que conheci no curso, me fizeram repensar que talvez durante minha vida, eu tenha arriscado muito pouco, que as oportunidades existem sob diversas formas e que se não existirem precisamos encontrar um meio de criá-las e às vezes este meio implica riscos. É literalmente como riscar uma palavra da mente (segurança) e escrever outra no lugar (sonho). Quando se tem um sonho, arriscar é quase inevitável, e às vezes não tem um meio termo, é preciso arriscar muito, quase tudo... Acho que o curso que terminou hoje foi início de uma mudança em mim. Talvez a mudança tenha realmente acontecido quando decidi me inscrever no curso, talvez tenha sido algo instintivo, apenas uma saída para me ocupar, não pirar e acabou trazendo uma reflexão que eu estivesse evitando há muito tempo. Por qual sonho eu me arriscaria hoje? Qual é o meu sonho? O que eu quero, não para um futuro profissional distante, mas daqui há um ano... Sei que estes questionamentos são meus, mas também podem ser de muitas pessoas. Tenho a impressão de que na próxima semana, ainda não terei respostas, é bem provável que eu tenha mais perguntas, mas como diz o comercial da Tv (olha eu posando de mkt, rsss) não são as respostas que mudam o mundo, são as perguntas...




sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Cilada? Nunca mais!


Esta semana fiz uma nova entrevista. Já não sei quantas entrevistas fiz nos últimos 5 meses. Mas, sei que já caí em tanta cilada que agora estou ficando esperta, daqui a pouco viro consultora de ciladas. Se vir um anúncio no jornal, escrito “ganhe a partir de R$ 3.000,00 sem sair de casa” não tenho mais a menor curiosidade em saber como. Meu radar me sinaliza: é cilada! E se aparecer um anúncio com o título “contato publicitário”, corro léguas! Sinto pena dos estudantes de publicidade que caem na bobagem de comparecer a entrevista. Tem de tudo um pouco, minha gente! Vender curso de inglês por correspondência (sim, isto ainda existe) foi o sabor que veio pra mim. Aliás, caderno de emprego seja eletrônico ou impresso tem algum efeito que parece hipnotizar as pessoas (não sou apenas eu que caio em “pegadinhas”,uma amiga teve várias experiências que se não fossem trágicas seriam cômicas). E concordamos num ponto: parte da culpa é realmente nossa ou da nossa ansiedade...  O interessante é que começamos a procurar no caderno de empregos alguma vaga que tenha nosso perfil, quando percebemos que nada se encaixa, vamos para as segundas opções, não as encontramos e então vamos para as terceiras, quartas, quintas opções. Quando percebemos estamos enviando currículo para uma vaga que não tem nada a ver com nossa formação e cuja entrevista será, via de regra ,do outro lado da cidade.  Só depois de garantir (indo à entrevista ) que não estamos desperdiçando uma oportunidade e que caímos numa roubada é que pensamos com a devida razão: como é que um anúncio publicado no jornal onde diz: “compareça nesta segunda-feira, apenas nesta segunda-feira, às 13:00H” pode ser algo que valha a pena? Não tenho nada contra marketing multinível, vendas por meio de sistema de pirâmides ou qualquer outra forma lícita de ganhar dinheiro, mas acho justo que as pessoas possam escolher se querem ou não participar de uma entrevista desta.  Por isto, a entrevista de hoje foi uma das mais importantes de todo este período. Não me garantiu um emprego, mas me valeu nunca mais ter que passar por algumas experiências bem desagradáveis. A entrevista foi com uma psicóloga muito simpática e educada (não sei se as psicólogas geralmente são assim ou se as pessoas que são assim fazem psicologia). Ambas percebemos rapidamente que eu não me encaixava no perfil, era necessária uma experiência de no mínimo 03 anos em um sistema informatizado específico que eu não tenho. E já que eu estava lá aproveitei a oportunidade e o fato dela me parecer legal e perguntei tudo que sempre quis e nunca tive coragem em uma entrevista de trabalho. E aqui vão as informações mais importantes! As consultorias de Recursos Humanos sérias que costumam anunciar em jornal geralmente não divulgam para qual empresa é a vaga, mas SEMPRE colocam sua marca e um contato (telefone, site, e-mail), por isto suspeite de anúncios que não tem como conseguir mais informações. Desconfie também de quem divulga salários muito altos, geralmente a empresa prefere discutir isto na entrevista.  Uma curiosidade: as consultorias não divulgam para quem estão realizando a entrevista porque o processo pode ser sigiloso e a vaga será fruto de uma demissão, logo o futuro demitido não pode saber. Se divulgarem no site por exemplo, corre o risco da informação vazar. Isto me deixou mais tranqüila, antes achava que era puro suspense pra nos deixar com os nervos ainda mais a flor da pele.  Ahhh! E sobre aquela história de psicóloga ficar observando todos os nossos gestos e expressões faciais e saber quando respondemos um pergunta com dúvida, quando estamos mentindo, a tradução de um arquear de sobrancelha? Muitíssimo difícil em apenas um único encontro a pessoa conseguir decifrar tantos sinais, o que se tem é uma impressão, foi o que ela disse! Pelo sim, pelo não, vou engolir minha ansiedade e transmitir confiança e tranqüilidade. Estou numa fase que não estou aceitando perder nada, nem tempo, nem saliva, nem fé, muito menos oportunidades de emprego. Devia ter aproveitado o bate-papo e perguntado se psicóloga pode preescrever tranquilizante... Olha que oportunidade que perdi ... Mas, pelo menos não foi oportunidade de emprego...

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Muito prazer, Tina!

Meu nome é Cristina, mas todos me chamam de Tina. Hoje, faz 05 meses que estou à “disposição do mercado de trabalho”. Não sei se acho esta expressão mais hilária ou mais cruel. Cruel porque é horrível você estar à disposição de alguém/alguma coisa e ninguém se interessar pela sua disponibilidade... Mas, além de cruel, é desesperador... Hoje, estou num daqueles dias, me sentindo biscoito sem recheio. Sinto que o tempo vai passando, minha ansiedade vai crescendo e ninguém dá um retorno positivo dos milhões de entrevistas que fiz. Pior, parece que a quantidade de entrevistas está diminuindo, o dinheiro acabando e nada aparece... O que será que está errado com minha “disponibilidade”? Se eu pudesse, perguntava ao tal “mercado de trabalho”. A exigência do politicamente correto é responsável por eu estar à“disponibilidade do mercado de trabalho”, em outra época estaria apenas desempregada. O pior é que esta expressão não me faz sentir em nada menos desempregada, pelo contrário, me sinto bem pior estando à “disposição”. Pra que ficar tentando encontrar formas mais “educadinhas”de dizer a verdade? Quero um emprego, não quero este cuidado extremado pra me dizer o que já sei: que estou sem emprego, sem carteira assinada, sem salário, sem ter o que fazer e morrendo de medo do futuro. Por isso, quando me perguntam, respondo: estou desempregada com TODAS as letras, não tenho vergonha, tenho pressa. Como ando numa gangorra psicológica, oscilando entre a irritação absoluta e a tristeza, resolvi lançar este blog para não enlouquecer quem anda perto de mim. Já perdi o emprego, não preciso também perder o namorado, os amigos e minha esperança. O blog é uma forma que encontrei de falar das minhas dúvidas, angústias, experiências, e claro fazer relacionamento, vai que alguém vê meu currículo e resolve me deixar “indisponível para o mercado de trabalho”, seria a glória!!!Quem sabe não fico famosa, começo a dar entrevistas e vou até para o Jô, rsss... Bom, se não for para o Jô, ao menos dividindo as experiências, um pouco da ansiedade vai embora. E é Claro que o nome do Blog não poderia ser outro, tinha que ser Tina Desempregada mesmo! Meio como um manifesto e um grito de alerta para mim mesma, de que isto é apenas uma fase. A propósito, você já viu meu currículo?